A primeira picape 100% elétrica

Um dos estandes que mais chamou atenção na Agrishow 2025 foi o do grupo Timber, que apresentava um drone de grande porte e a Riddara, a primeira picape brasileira 100% elétrica.

Alexandre Ponevas, especialista da área da empresa, destaca as principais características das picapes da marca no Brasil. “Apresentamos uma picape 100% elétrica com características mais que especiais. São dois motores combinados para entregar 426 cv e 69 kgfm de torque máximo”, diz ele.

Aplicável a várias funções dentro do ciclo do agronegócio a Riddara tem atributos elogiáveis até pelos agrobois de Moema. Faz de zero a 100 km/h em 4,1 segundos. E para topar a severidade dos serviços fora de estrada oferece versão com tração 4×4.

Ponevas afirma que a receptividade do veículo foi grande no evento e que o que mais impressionou os compradores foi a grande autonomia da picape. Com uma carga o utilitário consegue rodar 430 quilômetros, o bastante para longas jornadas no campo e estrada.

Máximo benefício

O custo da operacional em relação ao combustível, em comparação com as concorrentes com motores movidos a diesel, é bastante favorável. “O custo em relação a esse item varia entre R$ 70,00 a R$ 80,00 por jornada de até 430 quilômetros”, calcula Ponevas. O montante equivale a uma carga total de bateria.

Ou seja, em comparação com uma picape grande a diesel a diferença é substancial. Levando-se em consideração o consumo de uma picape diesel em 11 km/l aproximadamente, para 430 quilômetros teremos um consumo de 39,1 litros. O custo com diesel para os quilômetros em questão chegará a cerca de R$ 250,24, para um custo médio de R$ 6,40/litro para o diesel S10.

O resultado é impressionante. Para o item de maior peso dos custos operacionais, que representa entre 50 e 60% dos custos totais a diferença de valores é impressionante: de cerca de R$ 175,24 a menos no elétrico.

Ponevas acrescenta que o resultado é ainda mais expressivo se levarmos em consideração a diferença de desempenho entre as picapes. Sem falar do conforto acústico (ausência de ruído).

O cuidado fundamental no uso da picape elétrica Riddara é o planejamento. “Quando você tem uma autonomia de um carro elétrico 4×4 em torno de 400 quilômetros, e um pouco maior nas 4×2, o que precisa entrar na conta é o planejamento, porque hoje a rede de eletropostos está espalhada”, pondera Ponevas.

Multifuncional

Assim, é preciso utilizar um aplicativo para mapear a localização desses postos nas proximidades, para fazer as recargas. Para médias e curtas distâncias, é possível fazer carregamentos tranquilos em casa ou propriedade rural, mas, no caso de longas distâncias esse cuidado é essencial.

Já as picapes 4×2 da marca são apresentadas em duas versões, eu tenho a versão standard que é a versão de entrada e a versão luxo. A principal diferença no visual externo é a ausência do teto solar para o standard.

Nível de acabamento do carro é basicamente o mesmo, mas o que vai mudar um pouco é a autonomia do carro com uma bateria de 63 kW/h na versão de entrada, o que vai entregar ali a até 318 km de autonomia, indo para 86 kW/h nessa versão que é a versão de luxo que é a maior autonomia, chegando a uma autonomia de até 538 km.

Um dos diferenciais das picapes Riddara é a sua carenagem. Como a empresa pertence à Geely, dona da Volvo Cars, as picapes têm o mesmo power train, inclusive a lataria, igual ao do Volvo EX30, uma referência mundial em segurança. “Temos um aço de alta durabilidade e resistência que otimiza a segurança do veículo”.

“Mostramos também uma RD6 preparada para a Agrishow com um drone de grande porte sobre sua caçamba de 1.200 litros e capacidade para 755 quilos de carga líquida, além de uma capacidade de arrasto de 2,5 toneladas. A picape possibilita o uso de grande variedade de utilidades do carro”, diz ele.

Nela há também uma tomada daí na tomada de serviço para alimentação de ferramentas e itens de comunicação via satélite. Como uma picape 100% elétrica o carro oferece ainda quatro tomadas 220 volts.

Dessa forma, a Riddara pode ser usada como carro para auxílio de prestação de serviços, pode plugar carregador de drone, Starlink, notebook, para que ela possa ser um complemento do uso do serviço no agro.

Outra possibilidade é a instalação de uma bancada de serviço, colocando uma serra, uma solda ou algum outro equipamento que convier lá para o tipo de serviço prestado.

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