Os 25 anos da fábrica de cabines Volvo
A 25 anos atrás foi inaugurada a fábrica de cabines da Volvo do Brasil, dentro das instalações da fábrica da montadora em Curitiba. A implantação da planta industrial fez parte da nacionalização do cavalo mecânico Volvo FH, o top de linha da empresa.
A decisão, afirmam os dirigentes da Volvo do Brasil, foi o ponto de inflexão na história da companhia na América Latina e base da ampliação dos negócios da companhia na região. Novos veículos vieram e tecnologias avançadas passaram a integrar os veículos.
“Há 25 anos, a produção de cabines no Brasil era um sonho. Foi nosso ingresso numa nova era de caminhões, que representava uma ousada revolução tecnológica”, lembra Cyro Martins, vice-presidente de operações industriais da Volvo na América Latina.
Desde 1980, quando iniciou a produção de caminhões no país, até 1997, a Volvo terceirizava a fabricação das cabines dos veículos das linhas N e NL. A construção da nova unidade de produção fez parte do plano de expansão da empresa.
Na época os investimentos chegaram a cerca de US$ 400 milhões em investimentos, o maior volume de recursos aplicados pela Volvo desde sua fundação no Brasil.
– Foi a partir dali que a operação brasileira começou a ter a capacidade de produzir os mais avançados caminhões do planeta, o mesmo disponível nos mercados mundiais mais exigentes, com um grau de tecnologia embarcada nunca visto no país, afirma.
Indústria 4.0
Hoje com 515 funcionários operacionais, a unidade sempre foi altamente robotizada. A fábrica de cabines é tida pelos técnicos como uma grande incubadora de ideias. Desde a introdução de conceitos de uso de realidade virtual e aumentada, big data, internet das coisas, robôs autônomos e diversas outras iniciativas que compõem o que é chamado de indústria 4.0.
“Ainda hoje é a unidade mais automatizada do complexo da Volvo em Curitiba”, destaca Cyro Martins. Ao todo, são 85 robôs e diversos outros dispositivos que funcionam de forma autônoma, para mais segurança, qualidade e conforto ergonômico para os funcionários.
A unidade é responsável tanto pela solda como pela pintura das cabines. Além disso, faz pintura de elementos plásticos, culminando em soluções que são aproveitadas também por outras fábricas da Volvo no mundo. É o caso do processo do painel frontal dos novos caminhões Volvo Euro 6, que têm partes plásticas e metálicas pintadas na mesma tonalidade.
Recorde de produção
Além de atender as demandas dos caminhões zero km, a fábrica fornece peças de pós-venda, desde a produção do conjunto completo de uma cabine de reposição até componentes específicos.
Na fábrica, as linhas atendem a produção de caminhões FH, FM, FMX, VM e VMX, com inúmeras variações. Além disso, ainda é possível a entrega de cabines com até 100 cores diferentes, entre tonalidades sólidas e metálicas.
Mas apesar de toda essa variabilidade, e complexidade, em 2022, ano em que a unidade bateu seu recorde de produção com mais de 32 mil unidades. Destas, 70% foram entregues na cor branca, ainda uma preferência notável do mercado transportador. Até hoje mais de 368 mil cabines foram lá produzidas.
Sustentabilidade
A fábrica de cabines tem dedicado especial atenção a projetos voltados à sustentabilidade. “Todos os dias nos perguntamos como tornar o futuro mais seguro, mais sustentável e mais humano, premissas de nosso compromisso com um futuro mais Volvo”, destaca Carlos Lima, gerente de Produção de Cabines
Para suportar essas metas, os fluxos são constantemente avaliados, para que seja possível ter processos ambientalmente mais adequados, mais ágeis e produtivos.
“Temos aqui também um interesse muito forte em fortalecer a diversidade. Em nosso time há PCDs (pessoas com deficiência), que têm responsabilidades e metas ajustadas às suas capacidades e estão totalmente integrados ao processo de produção”, conclui.