A Volvo comemora seu sucesso em 2024, tanto globalmente quanto no Brasil. O faturamento total foi de 527 bilhões de coroas suecas, o segundo melhor resultado da história da empresa.
O presidente da Volvo América Latina, Wilson Lirmann, diz que a participação da companhia na Europa chega a 46,1% no segmento de elétricos. Com autonomia de 600 quilômetros o FH em questão já contabiliza 9 mil unidades vendidas no mundo.
No Brasil os números são igualmente auspiciosos. “Dos 27.111 caminhões comercializados na América Latina, nada menos que 23.185 foram vendidos no Brasil” comemora Lirmann. Uma frota que assegura um market share de 24% no país, consolidando ainda mais a posição de liderança da marca.
As exportações, que representaram 14% em 2024, devem ser alavancadas este ano, principalmente com a escolha do Brasil como fornecedor de caminhões de cabine avançada para o México a partir de abril.
A fábrica mexicana passará então a produzir exclusivamente veículos bicudos ou semiavançados, para fornecer ao mercado norte-americano. Por ano, o mercado mexicano registra 40 mil unidades, 50% delas de cabine avançada. É bom lembrar que o México é a segunda economia da América Latina. E uma bela chance de a Volvo Brasil ampliar as exportações.
Já por aqui, Lirmann, realisticamente, espera vendas de caminhões acima de 16 toneladas cerca de 10% menores este ano. Há postura dúbia do governo, sem contenção de gastos, condições que se degradaram ainda mais em 2025.
Alcides Cavalcanti, diretor-executivo da Volvo Caminhões, aponta como causas a quebra de safra em 2024 e o alto cancelamento dos pedidos feitos durante a Fenatran. “Tivemos resultados não esperados na feira. Registramos que cerca de 30% dos compromissos foram cancelados e outros 30% foram adiados em razão das altas taxas de juros”, diz Cavalcanti.
O executivo também adiciona que houve um aumento de 25% no diesel. Todos esses detalhes levaram muitos empresários a protelar a renovação de veículos para uma ocasião menos atribulada. Por isso, o mercado este ano deve fechar por volta de 90 mil unidades.
Além do sucesso absoluto do FH 540, pelo sexto ano consecutivo o pesado mais vendido do Brasil, emplacadas 7.765 unidades, em segundo lugar outro caminhão da marca, o FH 460, que faturou 4.956 unidades. Um crescimento de 20% nas vendas de pesados e participação de indiscutíveis 30% no segmento.
Nos semipesados, os VM também ganharam de goleada. O VM 290 liderou as vendas com 4.026 unidades. Entre os vocacionais pesados, o market share no segmento florestal disparou para 61%, na mineração chegou a 44% e na cana-de-açúcar alcançou 29%. O total foi de 3 mil emplacamentos e cerca de 40% do volume da linha VM.
Nas exportações de caminhões repercutiram os números conquistados em 2024 e que devem ganhar mais impulso este ano com as exportações para o México a partir de abril.
Para o Peru foram enviados 2.064 caminhões, mercado onde a marca há anos mantém liderança absoluta, com 24% de market share. Para o Chile, foram endereçados 1.260 veículos, o que garantiu 17% de participação. Somando as entregas do Brasil (maior mercado da região) e as dos demais países do continente, ao todo a Volvo entregou 27.111 caminhões na América Latina, um crescimento de 15%.
Ônibus
Resultados mais que satisfatórios foram obtidos também pela Volvo Buses Latin América. O presidente André Marques contabilizou nada menos que 1.429 chassis de ônibus no ano passado.
Dos mais de mil vendidos, as exportações também prosperaram. Do total, 238 carros foram para o Chile e 162 para o Peru. “Temos produtos avançados, serviços qualificados e uma unidade fabril com índices de qualidade altos. Isso nos faz um grande player no setor”, declara Marques.
Na soma geral, as exportações não desapontaram, acompanhando os números de sempre: 50% das vendas direcionadas ao mercado interno e os demais 50% tomaram rumo o exterior.
Os chassis Volvo brilharam tanto no segmento urbano como no rodoviário na categoria premium. Entre os urbanos sobressaiu o B320R, com 95 carros vendidos para Curitiba e outros 90 foram emplacados no Distrito Federal. Rio de Janeiro e Ribeirão Preto também se destacaram nas aquisições do modelo.
Nos rodoviários, destaque para os modelos B3890R, B420R, B460R e B510E, este o mais potente do país.
Entre os elétricos, grande destaque da Volvo em 2024 foi o lançamento do BZR, a mais moderna plataforma mundial de chassis 100% elétricos da marca, com zero emissões de CO2. O chassi permite aplicações urbanas, de fretamento e até rodoviárias de curta distância. O veículo foi exibido no Brasil durante a LatBus no último ano, poucos meses depois de sua apresentação na Europa.
Outro lançamento em 2024 foi o BZRT, versão articulada ou biarticulada do novo chassi 100% elétrico de alta capacidade da Volvo. Ele foi desenvolvido seguindo o compromisso de atender à crescente demanda das cidades por redução de emissões de gases em seus sistemas de transporte de passageiros, com o benefício adicional de baixíssimo ruído.
Na versão biarticulada, o “Bus Zero Rapid Transit” será o maior veículo elétrico do mundo em operação comercial, criado para receber carrocerias de até 28 metros e levar até 250 passageiros. O BZRT começará a ser produzido pela Volvo em 2025 na fábrica de Curitiba, que será a base global de produção e exportação do modelo.
