Ônibus elétrico da Mercedes-Benz já em produção no Brasil

Ônibus elétrico da Mercedes-Benz já em produção no Brasil

Os ônibus elétricos Mercedes-Benz começam a ser produzidos em série no Brasil e já estão sendo comercializados. Se todas as expectativas se concretizarem, mais de 3 mil unidades estarão nas ruas até 2024, mil delas no ano que vem.

É o quanto Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, espera. Outro desejo do dirigente é que esse mercado cresça sustentavelmente, apesar da crise com a falta de peças, especialmente nos pedidos de semicondutores.

Hoje o país vive uma situação inusitada: a crise de produção. “Todo mundo quer comprar, mas não há como entregar”, lamenta Walter. Óbvio que entregar em prazo razoável. Apesar disso, os números da Mercedes-Benz confirmam sua liderança de mercado. No total ela detém 50,1% de market share e conta manter a escrita nos elétricos, no mínimo.

Mais de R$ 100 milhões foram reservados para a empreitada. E três protótipos estão rodando faz tempo, um no Brasil, acompanhado de perto por Mike Munhato, o responsável pela área da Mercedes-Benz, e outros dois na Alemanha.

Digamos que o produto final será um hibrido entre o elétrico alemão Citaro e o brasileiro, desenvolvido pela engenharia Mercedes-Benz, principalmente na parte de suspensão. Afinal, o chassi por aqui tem que ser casca grossa, para aguentar os desaforos, que veículos não acostumados com nossas ruas e estradas sofrem, sem falar das lotações “sardinha em lata” de nossos coletivos.

Em portfólio complementar, a Mercedes-Benz em parceria com a Eletra fornecerá 96 unidades para o corredor ABC, ligação da região para a cidade de São Paulo; 8 unidades para Salvador e outras 4 para Vitória. As promessas são animadoras, ao melhor estilo “acredite se quiser”. São Paulo “garante” 2.600 unidades do eO500 UDA, o articulado de 21 metros e piso baixo.

Três versões

A ideia da Mercedes-Benz é facilitar a vida dos clientes e fornecer não apenas os ônibus, mas um pacote que inclui infraestrutura, torres de carregamentos justamente dimensionadas, obras civis, treinamento, enfim uma consultoria completa, sobre um sistema complexo.

“Mil unidades devem ganhar as ruas no ano que vem nas três configurações disponíveis”, diz Walter. As versões começam com um superPadron de 12 metros e chegam aos carros BRT: e os articulados eO 500 MDA e o eO 500 UDA, com piso baixo. Respectivamente os articulados com padrão Curitiba e São Paulo.

O que deve arrefecer o ânimo de muitos é o preço salgadíssimo: de 3 a 3,5 vezes o de um ônibus a diesel da categoria. Está certo que os ganhos ambientais não têm preço, mas as viações têm que manter operações rentáveis para sobreviver. Financiamentos com juros amigáveis e de longo prazo, além de impostos e taxas mais baixas podem ajudar.  

revtransporte

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