Os números de 2022

Os números de 2022

Um ano repleto de dificuldades

Apesar de tudo o ano de 2022 foi considerado bastante razoável para os mercados de caminhões e ônibus. “A estabilidade dominou, embora os acontecimentos do ano tenham prejudicado muito”, pondera o presidente da Anfavea, Marcio Leite. Ele lembra que o ano de 2022 foi marcado pela falta de insumos, especialmente semicondutores; a realização da Copa do Mundo, as eleições e muito mais. A queda no geral foi de 0,7%. Mas, lembra o dirigente, o mundo perdeu 10 milhões de veículos no ano e este ano podemos nos reaproximar das 2,8 milhões de unidades dos anos anteriores à pandemia. Em 2023, devemos ter um crescimento de 4% nos leves (automóveis e comerciais leves) e de 3% no consolidado (incluindo caminhões e ônibus.)

Preocupação

 Marcio Leite também lamenta a falta de crédito, o que levou à situação de 70% de vendas a vista e apenas 30% de vendas a prazo. Uma situação esdruxula. Tanto quanto a da incidência do IOF: “É uma aberração, é um imposto regulatório que incide três vezes nos nossos negócios. Da indústria às concessionárias e nas vendas sobre o seguro do veículo”, destaca. Dentre outros absurdos lembra também do incongruente imposto de exportação, que, convenhamos, é uma excrecência.

Ruim, mas nem tanto

O ano de 2023 não deve ser nada fácil para a indústria de veículos pesados. A princípio, as previsões da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos, que projetam perdas de 11,1% nas vendas de veículos pesados, queda na produção de 20,4% e decréscimo de 8,7% nas exportações. Márcio Leite, explica uma perda próxima a 10% nos emplacamentos é um reflexo normal depois da implantação de uma nova regulamentação, a Euro 6. “Lembremo-nos que na última ocasião (de Euro 3 para Euro 5) a queda no ano subsequente foi de 20%.”  

Produção pode chegar a 3 milhões

A Anfavea acredita que é possível recuperar os números perdidos nos últimos anos para a pandemia, que refletiu na inflação mundial, na explosão dos fretes marítimos e de contêineres e queda das vendas. Com alguma estabilidade econômica, diz Marcio Leite, a indústria pode chegar às três milhões de unidades nos próximos anos. Com 2,1 milhões de unidades em 2022, o país chegou a produzir 2,8 mi unidades. Segundo ele, o Brasil poderá suplantar a produção do Reino Unido este ano.  

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