Scania apresenta seu caminhão elétrico
Na próxima semana você poderá conhecer as novidades da Scania no estande da empresa na Fenatran 2024, no São Paulo Expo. A estrela principal será o caminhão elétrico 30 G 4×2, que tem preço sugerido de R$ 2,5 milhões e autonomia de 250 quilômetros. Além desse destaque as soluções diesel com os Super movidos a gás e/ou biometano e gnl de fábrica também lá estarão.
De volta ao elétrico 30 G, ele chega numa configuração adequada para operações urbanas e interurbanas pesadas, que sua autonomia de 250 km permite. O 4×2 que desenvolve potência de 300 kW, equivalentes a 310 cv, oferece uma cmt de 66 t, o que o credencia a todos os transportes urbanos pesados, excetos os especiais de indivisíveis.
Para aguentar o batente, o 30 G, importado da Suécia, está equipado com dois pacotes de baterias, que somam 416 kWh. Enquanto isso, a máquina elétrica EMC1-4 disponibiliza uma potência de regeneração de 330 kW, que proporciona torque máximo de 1.150 Nm.
Com a incorporação do G 30, a Scania complementa sua linha de veículos sustentáveis e agrega mais um item à sua matriz energética. Um grande handicap oferecido pela Scania com o 30 G é que o importado já está na terceira geração de BEV – veículo elétrico a bateria.
Assim, a oferta de veículos sustentáveis da Scania passa a abranger, além do elétrico, o gnc – gás comprimido, o gnl – gás liquefeito, o biometano e o biodiesel B100.
Transição sustentável
“Estamos seguindo mais um passo do nosso compromisso de liderar a transição para um sistema de transporte mais sustentável, firmado globalmente em 2016. O transportador brasileiro terá em suas mãos o mais amplo portfólio sustentável do mercado”, afirma Simone Montagna, presidente e CEO da Scania Operações Comerciais Brasil.
“Sabemos que a jornada da eletrificação tem pela frente etapas importantes de desenvolvimento em várias áreas, especialmente em infraestrutura, por isso, acreditamos na multimodalidade com diversas matrizes energéticas alternativas ao diesel. E essa multimodalidade passa pelo gás, biodiesel e elétrico. A Scania está estimulando e ajudando a desenvolver os corredores azuis (gás, gnl e biometano) e a cadeia de produção do biometano para caminhões há 5 anos”, diz Montagna.
O presidente da Scania observa, ainda, que o transportador está em busca de soluções que proporcionem melhores resultados, para atender a cada vez maior exigência dos embarcadores para cumprir suas metas de descarbonização com frotas de caminhões mais sustentáveis transferindo suas cargas.
“É um frete disputado hoje no mercado”, revela Montagna. “Por isso, estamos investindo pesado na melhoria contínua dos nossos produtos, serviços e na rede de concessionárias Scania.”
Soluções por aplicação
“É importante lembrar que o cliente busca por soluções viáveis ‘Aqui e Agora’ e equilibradas ambiental e economicamente”, complementa Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da Scania Operações Comerciais Brasil.
O executivo, informa que as primeiras entregas do elétrico estão previstas a partir de janeiro de 2026. “Neste momento, a nossa visão é que o elétrico atenda as distâncias urbanas e regionais de até 250 km no hub a hub logístico (produtos mais perecíveis) e na última etapa da entrega da carga (last mile)”.
Ampliando as possibilidades, Nucci diz que o gás natural e o biometano devem ser usados nas rotas de 200 a 600 km (médias distâncias) e o diesel, o gnl e o biodiesel utilizados nos trajetos de longas distâncias, acima de 600 km. Ele lembra que a Scania foi a pioneira de caminhão com B100.
Recarga em 50 min
Já o elétrico 30 G 4×2 tem eixo R780 e capacidade de carga de até 66 toneladas o que garante robustez e confiabilidade. Sua potência de regeneração é de 330kW e desenvolve torque de 1.150Nm.
“Pensamos em cada detalhe para as aplicações no perfil atual do transporte brasileiro elétrico. Vamos começar as importações e ir amadurecendo com o mercado, clientes, rede e embarcadores, juntando toda a cadeia do transporte e o poder público”, comenta Rodrigo Arita, gerente de Portfólio de Produtos da Scania Operações Comerciais Brasil.
Quando estivermos com os veículos elétricos rodando, vamos passar por um ciclo normal na indústria: o de demonstrações, aprendizagem, avaliação das demandas dos clientes, análise do que mais poderemos complementar a linha dos produtos e a de acompanhar o desenvolvimento da infraestrutura no país. É uma jornada que não depende apenas da Scania.”
Desde a máquina elétrica EMC1-4, tudo foi pensado nos mínimos detalhes. A Electrical Machine Central foi posicionada entre as longarinas do chassi e liga-se a uma transmissão de quatro marchas. As relações são 18.60, 10.26, 5.02 e 2,77. O resultado é um conjunto robusto com peso de 350 kg.
Por falar na máquina elétrica Scania, a EMC1-4 (Electrical Machine Central), se posiciona entre as longarinas do chassi do caminhão e está ligada a um câmbio com quatro marchas, com relações de 18.60, 10.26, 5.02 e 2.77, proporcionando um conjunto robusto com peso total de 350kg.
A suavidade da operação é um dos resultados. Quase nenhum ruído ocorre em ordem de marcha, o que aumenta de forma impressionante a suavidade na operação. Neste quesito, a caixa de transmissão traz maior economia de energia e melhor performance quando é necessário “vencer” algum relevo severo.
Recarga rápida
Dos dois pacotes de baterias de 208kWh cada instalados, num total de 416kWh, apenas 312kWh são utilizados para garantir uma grande margem de segurança e assim aumentar a vida útil.
As baterias serão de NMC (lítio-níquel-manganês-cobalto). “As baterias de NMC dispõem de uma maior densidade energética, o que significa menos peso total do veículo e, consequentemente, mais capacidade para transportar carga”, diz Arita. Um grande diferencial está no fato de que as baterias serão modulares, facilitando a distribuição de carga pelo caminhão.
O 30 G tem um carregador CCS2, que suporta até 375kW e 500 A, e capacidade de estar com carga total em aproximadamente 50 minutos. “Isso possibilita que os veículos sejam carregados durante intervalos, por exemplo, como o horário de almoço do motorista, aumentando a produtividade”, diz Arita.