Lançada a nova geração do Kangoo elétrico

Lançada a nova geração do Kangoo elétrico

Acaba de ser apresentada em São Paulo, a nova geração do Kangoo E-Tech, utilitário elétrico com capacidade volumétrica de 4,3 m³ e autonomia de cerca de 200 km, mais que suficiente para a jornada diária dos operadores logísticos na distribuição de última milha, além de uma infinidade de prestadores de serviço e entregas específicas em áreas de máxima restrição como hospitais, escolas etc.

A engenharia da Renault assegura que o preço do investimento inicial de 259.990,00 é recompensado por uma vida útil mínima de 8 anos de batente diário. O custo diário, calculado por Alex Dias, diretor de Frotistas no Brasil, é de R$ 32,00. Um handicap e tanto em comparação com os utilitários com motores a combustão.

O desenvolvimento da nova geração começou com o que Alex define como marco zero dos produtos Renault. Uma extensiva pesquisa dos desejos dos clientes profissionais, como é o caso. Um veículo de serviços que é usada para aplicações dedicadas e que pode sofrer inúmeros tipos de adaptação no salão de carga.

Kangoo, mais de 40 anos de história

Mesmo para um produto consagrado – foi lançado na França em 1961 – inúmeras clínicas com clientes foram realizadas e pré-requisitos anotados. Os utilitários da maioria dos consultados deveria atender quilometragens diárias entre 150 e 200 km sem reabastecimento, as baterias deveriam ser recarregadas rapidamente, o custo total de operação competitivo e ter maiores capacidades de carga e volume que a geração anterior.

Falando em veículos elétricos, a Renault produziu o primeiro carro elétrico em 2010. E se deu bem. De lá para cá já rodam mais que 100 mil de veículos elétricos mundo afora. No Brasil já foram vendidas mais de 600 unidades.

De posse dos desejos dos clientes, a engenharia Renault pôs mãos à obra e resolveu entregar um utilitário que suplantou as expectativas. Aldo Costa, diretor de Marketing da montadora, é quem explica: “A capacidade volumétrica aumentou de 3,6 m³ para 4,3 m³ (19,4%) e a capacidade de peso foi de 650 quilos para 800 (23,1%).”

Melhor ainda é que, na mão de um motorista caprichoso, o novo Kangoo E-Tech pode chegar a até 300 km de autonomia. O segredo é utilizar os módulos de regeneração de energia D1, D2 e D3. Eles podem, e devem, ser escolhidos de acordo com a aplicação e a topografia da região. O D3, por exemplo, é o que recupera o máximo de energia e portanto atua como um forte freio motor, enquanto no primeiro estágio a regeneração é a menor, com o veículo mais solto.     

Renault atende lista de desejos do cliente

A evolução do Kangoo é notória. A primeira versão, lançada em 1961 admitia apenas 2,6 m³ no lombo. O volume no espaço de carga aumentou para 2,8 m³, depois para 3,2 m³. A versão anterior então chegou a 3,6 m³.

Para ampliar a satisfação do cliente, o tempo de carregamento de 15 para 80% da bateria caiu de 1h30 para apenas 31 minutos. A caixa de carga foi alargada para possibilitar os 150 kg a mais e as amplas portas permitem carga e descarga rápida, graças às portas traseiras e a lateral de 800 mm. A nova bateria tem 45 kWh e a potência equivalente é de 60 cv.

A garantia é de 8 anos ou 160 mil km para a bateria. Este o principal motivo de alegria dos grandes clientes. O maior deles é o Mercado Livre, que já conta com 450 Kangoo elétricos na frota, de um total no país de 785 unidades. Aí pode estar o segredo. O varejista não se desvencilhou de nenhum exemplar elétrico em 7 anos.

A introdução do Kangoo elétrico no Brasil aconteceu há 10 anos com a aquisição de seis unidades elétricas do Kangoo Z.E. pela Fedex. Hoje o mercado se agigantou, em boa parte pelas agendas ESG e do compromisso de grandes distribuidores e varejistas com a descarbonização.  

Investimentos pesados para o portfólio elétrico

Agora vem a resposta. Por quanto tempo um veículo a combustão é mantido em operação na frota? Estamos procurando saber, mas não acredito que passe dos 3 anos. Opa! Estamos comparando um veículo que apresenta uma vida útil de 8 anos com outro renovado em 3 anos? O elétrico sem oficina, emissão zero e custo diário de R$ 30,00 a 32,00. Este é um argumento muito importante para Alex Dias.

O presidente da Renault Brasil, Ricardo Gondo, destaca o compromisso da empresa no desenvolvimento de veículos elétricos de excelência. “Hoje já temos mais 450 mil elétricos rodando pelo mundo e contribuindo para milhares de projetos de descarbonização e de ESG. Eles rodam entre 40 mil e 60 mil km/ano”, comemora.

Para suportar um negócio de tal dimensão, a companhia investiu pesado na Eletric City, a maior fábrica de recicláveis do mundo. A planta já reciclou mais de 3,3 mil baterias. O presidente também chama a atenção do consumidor sobre a extensa rede 270 concessionárias, a maior do Brasil em atendimento profissional  

Gondo diz que os investimentos no Brasil também têm sido de monta. “O Brasil é o terceiro mercado do mundo em importância para a Renault. E merece esses aportes com certeza”, diz ele. Até o lançamento do Kangoo E-Tech foram investidos R$ 1,1 bilhão e outros R$ 2 bilhões estão na conta do lançamento da nova Master E-Tech elétrica e de um novo motor no ano que vem. Para completar, o presidente adianta que em breve a versão do Kangoo E-Tech passageiros deverá estar nas ruas.

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