Esse tipo de coleta já é utilizado a décadas nos Estados Unidos tanto para lixo doméstico, como comercial e industrial. É um coletor de lixo que acaba com a correria insana dos garis, na tarefa de recolher milhares de sacos de detritos orgânicos, e aumenta muito a segurança nas ruas.
O Coletor Lateral BCL, com sistema Lifter, foi lançado pela Busa, empresa com mais de 60 anos do mercado com sede em Guará, SP, na 30ª edição da Agrishow, em Ribeirão Preto, SP. O coletor lateral acaba a maioria dos problemas da coleta convencional, trabalho que causa muitas doenças funcionais aos funcionários e jornadas desgastantes que continuamos a presenciar.
Além de diminuir de três para um o número de operadores, o sistema Lifter é montado sobre um caminhão Scania P280 6×2 movido a gás, apresentando agressão zero ao meio ambiente. Para instalação dos tanques na lateral do coletor foi necessária uma adaptação.
O sistema é composto por braços mecânicos bastante robustos e sensores de alta tecnologia. Isso garante que os contentores sejam manipulados sem movimentos bruscos e o correto posicionamento no momento de posicioná-lo depois da coleta.
O coletor oferece uma autonomia de 400 quilômetros, suficiente para as operações diárias do veículo. Com diferencial 4,25:1 e entre-eixos de 5.350 mm, o coletor tem suspensão a mola na dianteira e pneumática na traseira.
A cmt é de 45 t para uma capacidade técnica de 19.000 kg (10.500 + 8.500). Tem sistema eletrônico de estabilidade ESP. O propulsor de 9 litros desenvolve 280 cv. O veículo inclui o Auto Hold, o sistema de partida em rampa, obrigatório para a maioria das cidades brasileiras para a segurança de operação.
Eduardo Rodrigues, superintende Geral da Busa, lembra que foram sete anos gastos no desenvolvimento do implemento, para coleta de lixo e resíduos dos municípios. Os primeiros sete coletores a gás estão prestes a ser entregues para a cidade de São Paulo.
“Hoje, um coletor de coleta lateral faz o trabalho de quatro ou cinco coletores de coleta traseira e é habilitado a rodar 24 horas, mostrando um ganho muito grande de produtividade”, diz Rodrigues.
Eliminação de riscos
O executivo acrescenta ainda que esse tipo de coletor ainda acaba com vários problemas causados pelo sistema atual. “Nada mais de mau cheiro, de cachorros rasgando os sacos de lixo, bueiros entupidos por sacos levados depois de aguaceiros um trabalho também penoso depois de enchentes.”
Rodrigues lembra também que o sistema atual expõe a guarnição dos coletores, normalmente três garis que viajam sobre a plataforma traseiro a risco de acidentes e contato extremo com os sacos de lixo.
Em primeiro lugar, o lançamento do coletor lateral BCL-Busa, substitui os coletores importados da Itália e agora com tecnologia totalmente nacional, aumentando a capacidade de atendimento a cidades e indústrias de todo o país.
Com capacidade de armazenamento de 17,0 a 24,5 m³ e capacidade líquida de 10 a 12 toneladas, para uma “praça” de compactação de 4 m³. O coletor tem capacidade máxima de elevação (contentor) de 1,2 t, num ciclo de coleta de 40 segundos e tempo de descarga de 140 s. Para isso, o caminhão tem como pré-requisito um pbt de 23 a 29 t.
Várias outras cidades de menor porte já se interessaram, como Araras, no interior paulista. A tendência é que a solução se torne um cartão de visitas para os municípios e seus prefeitos. Graças a coletores de lixo silenciosos, sem maus odores e veículos tratores que respeitem o meio ambiente.
A capacidade de produção é de 2 mil contentores/mês e 4 coletores/mês. O preço sugerido de um coletor é de cerca de R$ 1,3 milhão, além do chassi Scania.
