Linha Scania Euro 6 chega com força
A linha Scania Euro 6 chega em fevereiro totalmente renovada. O grande destaque é o lançamento dos Scania Super, com motores que garantem 8% de economia de combustível e uma série de soluções que derrubam o CTO – Custo Total de Operação, entre elas o sistema de manutenção flexível.
A manutenção flexível mostrou nos testes um aumento sensível na disponibilidade dos caminhões, pela queda abrupta dos tempos de parada para manutenção e custos compatíveis com a rodagem dos veículos.
A nova linha de caminhões Scania é complementada pela otimização geral dos modelos de motores Euro 6, que chegam a economizar 2%.
Chrystopher Podgorski, presidente e CEO da Scania Latin America, a nova linha é um grande passo da companhia, rumo a reconquista da liderança na produção de caminhões pesados. “Os investimentos totais foram de 2 bilhões de Euros na Europa e de R$ 1 bilhão no Brasil, para desenvolver e produzir a partir de fevereiro a linha de caminhões mais afinada às necessidades do país.”
E não é só. “A partir de fevereiro também estaremos com uma linha totalmente nova de caminhões semipesados, depois de um bom tempo em que os veículos dessa linha estiveram superdimensionados”, observa Silvio Munhoz, diretor-geral das Operações da Scania no Brasil.
A Scania assim quer retomar sua posição no segmento de semipesados da marca. As potências variam de 250 cv, para os tracionados por motores de 7 litros; até 360 cv nos de 9 litros. Para os motores 13 litros opções de 420 cv, 460 cv, 500 cv e 560 cv. Os conjugados máximos respectivamente alcançam 2.300 Nm, 2.500 Nm, 2.650 Nm e 2.800 Nm, o maior torque da categoria.
Alternativa para transportes especiais são os propulsores em V8 de 16 litros Euro 6, que desenvolvem 660 cv e 770 cv, este último o mais potente motor do mundo atualmente. Sua utilização mais comum é no transporte de cargas indivisíveis, composições de 91 t no transporte de cana e ene outras configurações rodoviárias não convencionais.
É bom lembrar que a montadora já tem seu Euro 6 rodando a tempos no Brasil com a sua versão de caminhão a gás e motor Otto especialmente desenvolvido para usar o combustível.
Para Marcelo Gallao, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Scania no Brasil, os novos Scania vão surpreender ainda mais os clientes. Tanto no torque máximo à mínima rotação, como no aparato de apoio ao motorista. Com uma faixa plana de torque máximo de 900 rpm até 1.400 rpm, além do motor de comando duplo de cabeçote e pressão máxima de 250 bar, o motor Super alcança uma eficiência de 50%.
E não é só. As novas gerações de caixas G25 e G33 ajudam muito para fazer a linha realmente especial. Além de mais rápidas que a linha anterior, tiveram substituído o ferro fundido, das versões anteriores, pelo alumínio. Resultado, nada menos que 75 quilos a menos na tara dos veículos. Os modelos Super 420 cv e 460 cv terão a caixa Opticruise G25, enquanto os propulsores de 500 cv e 560 cv serão governados pelas G33.
Economia é destaque
O Scania Super deve se transformar no grande sucesso da marca, especialmente o 460 cv. Nos testes os números impressionaram: consumo com pbt cheio de 2,8 km/l e, quando vazio, de 4,0 km/l. Valores muito bons, especialmente para aquelas aplicações de retorno vazio. A configuração é a Super 460 6×2 com semirreboque Vanderléa, com três eixos distanciados.
Essa composição permite uma economia entre R$ 60 mil a R$ 70 mil por ano. Um handicap e tanto. Com tanta potência envolvida, a montadora instalou um freio motor auxiliar de 475 cv, enquanto no total a potência de frenagem chega a 1.136 cv com o suporte do CRB – de Compression Release Brake, o freio de cabeçote. Mais potência e mais segurança.
A elevação da eficiência térmica do engenho foi conseguida através da injeção de ureia depois do turbo, no silencioso no sistema twin SCR. Trata-se de um sistema de injeção dupla do Arla ou Adblue e fundamental para a economia de diesel.
No motor propriamente dito, a pressão de 250 bar é outra solução para otimizar a queima do combustível. Outra, na caixa eliminaram os anéis sincronizadores e as trocas foram aceleradas para 150 mili segundos. “A vida útil estimada é de 1 milhão de km e os tempos de parada foram reduzidos em até 50%”, revela Gallao.
A dirigibilidade do veículo com mínimo uso dos freios ocorre graças ao CRB, o freio de cabeçote que garante a melhor performance de frenagem auxiliar Scania Retarder, um opcional com resposta de 850 kW de potência.
Disponibilidade
A maior disponibilidade dos veículos Super chegam até ao tanque de combustível. Os novos tanques vêm com o FOU, uma unidade de otimização de quantidade de diesel dentro do tanque – o dispositivo ficava na parte interna.
A solução está no sistema de pescador, que elimina a cavitação (formação de bolhas na parede do tanque de 15 para 5%. Na prática um ganho de 40 litros de diesel. Com a retirada do dispositivo para o lado de fora do tanque, o índice de aproveitamento do tanque cresceu de 85% para 95%.
Resumindo, o armazenamento passou de 87% para 97% do volume efetivo de armazenagem. Isso significa maior autonomia em quilômetros ou ganho de carga útil para o transportador. Ainda, o reposicionamento permite, nos modelos rígidos com dois tanques, armazenamento de 1.200 litros.
A CMT de 90 t é também destaque. O superdimensionamento adequa totalmente o veículo à severidade das estradas brasileiras. Evolução também com o ADAS 2.0, que permite economizar 800 litros de diesel a cada 35 mil km.
Ou seja, com 61 mil veículos conectados, processos de oficina otimizados, diagnóstico remoto, 30% a menos no tempo de parada a vida do transportador estará mais fácil. Os intervalos vão a 40 mil km e a 30 mil no caso dos 6×4. “Tudo na ponta do lápis” economia de 25% nos custos operacionais.
Os testes estáticos e práticos foram realizados por 37 caminhões diferentes operando nas mais diferentes situações, até em viagens regulares de grandes empresas de transporte. No total foram 4 milhões de quilômetros.