Scania vende primeiro caminhão GNL

Scania vende primeiro caminhão GNL

Montadora espera crescer 10% nas vendas apesar das dificuldades deste ano repleto de interferências nefastas como guerra, pandemia, explosão nos preços de commodities e até desastres naturais por todo lado. A aposta é da Scania, que espera vendas com crescimento de 10% este ano.                       

A Scania começou o ano otimista em confiante em replicar o bom ano de 2021, quando cresceu em vendas e participação. Para melhorar deu outro passo decisivo para consolidar seus veículos a gás como alternativa aos veículos diesel. Agora a Morada Logística fechou a compra do primeiro cavalo mecânico GNL para suas operações de média distância. O gás natural liquefeito possibilita ao veículo uma autonomia três vezes maior em comparação com o sistema GNC, de 400 km para 1.200 km.

No geral, nos três anos desde o lançamento da nova geração de caminhões Scania foram produzidas mais de 40 mil unidades e rodados mais de 4,1 bilhões de quilômetros. Graças às inovações tecnológicas da nova geração a engenharia da montadora estima um total de 330 milhões de litros de diesel economizados, o que equivale a uma poupança de R$ 1,1 bilhão nos custos dos transportadores.

Melhor ainda tem sido o alivio nas agressões ao meio ambiente possibilitado por essa frota de caminhões. Nada menos que 580 mil toneladas de CO² deixaram de ser lançadas no ambiente, o equivalente ao trabalho árduo de 3,5 milhões de árvores.   

Fabio Souza, que desde dezembro de 2021 lidera a Scania Brasil, está otimista quanto aos rumos da empresa este ano. “Temos tudo para continuar crescendo, tanto em tecnologia de produto como suporte e também por oferecermos um índice de disponibilidade de 98,3%”, diz o vice-presidente e diretor-geral das Operações Comerciais da Scania.

Além de viabilizar um aumento de 30% na disponibilidade dos veículos, a Scania repetiu a dose no incremento no número de veículos conectados, que agora chegam a 70 mil. Apesar do ano eleitoral e tantas outras dificuldades, a esperança de Souza é emplacar um crescimento de 10% este ano.

A expectativa vem do desempenho em vários segmentos de mercado a exceção do mercado de chassis de ônibus urbanos. Em contrapartida acima da média estão os segmentos de fora-de-estrada e veículos a gás. Fábio Souza observa que 2022 será um ano de grandes desafios, a começar pelo fato de ser o ano véspera da implantação do P8 ou Euro 6 e do por enquanto frustrante movimento de pré-buy.  

Em preparação a tantas novidades a Scania reservou investimentos de R$ 1,4 bilhão até 2024. Um evento que não terá nenhuma surpresa é o das comemorações de 65 anos da montadora no Brasil. A grande diferença, daqui para frente, é que o Brasil tornou-se uma região independente na estrutura comercial global da Scania e responde diretamente a Suécia. Conclusão, mais agilidade nos projetos, mais rapidez nas respostas e no atendimento do próprio mercado.

Silvio Munhoz, diretor de Vendas e Marketing da Scania, comemora os pontos ganhos em 2021, apesar da pandemia. “Com as vendas de 15.702 unidades ganhamos 4% de participação e atingimos 23,6% de participação”, informa ele, para quem os caminhões a gás, tanto GNP como GLP, serão um grande reforço às vendas da montadora este ano.

Uma parceira de peso, a Morada Logística, de Araraquara e sede operacional em Americana, referência em transporte rodoviário no Brasil, parece satisfeita. Primeiro tornou-se usuária dos cavalos-mecânicos GNP, a Morada transformou-se na primeira compradora do caminhão Scania a gás liquefeito.

André Leopoldo, diretor da Morada, se anima com a novidade. O fato é que o propulsor a gás liquefeito possibilita uma autonomia três vezes superior ao do gás natural. Ou seja, os caminhões podem ser abastecidos na base de Americana, SP. “A autonomia de 1.200 km do GNL contra a de 400 km é fundamental à nossa logística”, explica a nova preferência do diretor da Morada Logística pelos GNL. A empresa registra rodagem de mais de 70 milhões de km/ano.

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