Randon investe em tecnologia e eficiência
A Randon Implementos mostrou suas novidades na Agrishow 2023, todas elas com foco no aumento da rentabilidade do negócio de seus clientes e na produtividade de utilização dos produtos. Foram exibido três implementos, um rodotrem com capacidade para 91 toneladas, uma prancha com rampas na frente e atrás e uma caçamba de quatro eixos, capaz de substituir composição bitrem e com dispositivos antitombamento.
Claude Domingues Padilha, gerente de Marketing e Gestão de Rede da Randon, explica que o retorno da implementadora à Agrishow é uma resposta à importância do agronegócio ao número de emplacamentos conseguido pela Randon, a líder brasileira na produção de implementos e uma das quatro maiores fabricantes do mundo.
Vendas foram excepcionais, comemora Randon
Para o executivo da Rondon, embora o primeiro quadrimestre tenha apontado um crescimento de 5% na safra, projeta-se uma queda de 10% no ano por ene razões. “De qualquer maneira, estamos falando de a quarta maior produção da história”, diz ele. Se espera também um acréscimo de 15% na safrinha.
Na Randon, o agronegócio representa em torno de 60% do volume de semirreboques vendidos. E, correspondendo às expectativas, os resultados em emplacamentos na Agrishow foram muito bons. “As vendas foram excepcionais, só não podemos divulgar os números por questões de governança de relações com investidores.
Três novidades chamaram muita atenção
As três grandes novidades agradaram pela praticidade, versatilidade e produtividade. A nova prancha, por exemplo, permite embarques e desembarques pela frente e por trás, a normal. A operação pela dianteira da prancha é possível graças à desmontagem do pescoço do carrega tudo.
Resultado, muito mais segurança para a operação. O fato é que o desembarque traseiro, feito em rampa de 15% de inclinação, é crítico no caso de algumas máquinas. A descida da máquina pela frente diminui a pendente para apenas 5%.
“O implemento custa 30% mais para o transportador, mas as vantagens de seu uso são muitas. Além disso, é bom lembrar que essa diferença é irrisória, pois várias máquinas hoje passam dos R$ 2 milhões”, pondera Claude.
A estabilidade do desembarque dianteiro é mais do que justificável. Embora demande um pouco de tempo para a desmontagem do pescoço da prancha, as modernas colheitadeiras atuais merecem esse cuidado. O modelo é norte-americano.
Caçamba de quatro eixos ganha de bitrem
A nova caçamba Randon de quatro eixos também preza pela estabilidade e permite elevar a carga líquida em 25%. Com uma tara de 10,8 toneladas a nova caçamba é a nova tendência do mercado em substituição ao bitrem.
A razão é que a caçamba de quatro eixos pode carregar 38,2 t líquidas e, além disso, é uma carreta só em vez das duas do bitrem. A desvantagem é não ter articulação, o que eleva o arraste dos pneus. Seu comprimento é de 11,8 m, cerca de 2,5 m mais que a caçamba de três eixos.
Em comparação com a caçamba em semirreboque de 48,5 t a nova quatro eixos da Randon registra uma vantagem de 8,2 t (38,2 contra 30) ou 25%. No caso do bitrem de 57 t a diferença chega a 1,2 t (38,2 contra 37 t) ou 3%; e contra o caçambão de três eixos e cavalo 6×4 para 54,5 t alcança 3,2 t (38,2 contra 35 t) ou 10%.
Inclinômetro é garantia contra tombamento
Um inclinômetro de última geração não permite o basculamento com desalinhamento, eliminando o risco de tombamento. O opcional custa R$ 7 mil muito bem investidos. Isso equivale a 3% do valor total do implemento. Se comparado ao custo de reforma por tombamento, cerca de R$ 12 mil, entre reparos e tempo de parada, vale muito a pena.
A caçamba de quatro eixos deve fazer muito sucesso. “As vendas da quatro eixos devem chegar a um quarto do mercado pelas vantagens que o implemento oferece”, aposta Claude. Uma delas é a rapidez de descarregamento.
Já a preferência pelo rodotrem de 11 eixos e 91 toneladas é irrefutável no transporte de granéis. É muita vantagem diante das 74 toneladas possíveis nas composições de 9 eixos. São sete toneladas que, quando feita a somatória da frota, faz toda a diferença.
