O Axor é relançado, agora em versões mais adequadas aos anseios do mercado. Um caminhão para ocupar uma lacuna deixada exatamente pela retirada do modelo da linha de produção. O retorno recoloca a marca na disputa de um espaço relevante no mercado de caminhões.
Para ocupar a faixa logo abaixo da do Actros, com preços menores e com modelos despidos de sofisticações, com ênfase no melhor CTO possível. Assim, o cavalo mostra painel analógico em vez do totalmente eletrônico do Actros. Retiraram dele também os faróis de neblina, entre outros detalhes considerados dispensáveis em favor de um custo módico.
Mas o novo Axor também traz vários benefícios. O principal deles é o motor que passou de 12 litros para 13 litros, o que lhe conferiu mais folego e maior eficiência ao propulsor. O resultado obvio está na planilha de custos: maior economia de combustível que representa até 60% dos custos operacionais. É o que qualquer transportador procura.
Evolução técnica
São diversas as melhorias incorporadas ao veículo e todas elas convenientes ao cliente, principalmente para incrementar a rentabilidade do negócio.
No rol dos avanços incorporados ao novo Axor estão os faróis agora utilizam lâmpadas LED, mais confiáveis, duráveis e, principalmente, eficientes. As lentes são abraçadas por grades resistentes, muito importantes em operações no campo, cheias de pedras e objetos de todos os tipos. Para o motorista a engenharia da marca escalou o volante multifunção, incrementando o conforto ainda mais.
Os novos Axor 2038 4×2 e Axor 2545 6×2 integram a tecnologia BlueTec 6 e desenvolvem potências máximas de 380 cv e 450 cv, respectivamente.
Juros elevados
Além de prometer uma nova experiência com os novos Axor, a Mercedes-Benz anuncia os preços sugeridos no lançamento: R$ 698 mil para o Axor 4×2 e R$ 738 mil para o 6×2. É um preço promocional. Logo, logo o valor sofrerá um reajuste de 3%, quando entrar no período de comercialização normal.
O retorno do Axor às concessionárias vem a calhar pelo momento que o país atravessa. A questão fundamental do rareamento de vendas hoje envolve a situação da economia. Juros, juros e mais juros.
A agrura aumenta especialmente na categoria de caminhões pesados, que estão com preços elevados e financiamentos indigestos puxados pela alta dos juros alimentada por uma taxa Selic de 15%.
Conforto e economia
Presente ao lançamento, Achim Puchert, CEO da Mercedes-Benz Trucks, avaliza o relançamento do Axor: “É um grande sucesso do passado e continua com grande potencial de mercado. O novo Axor retorna projetado para atender às necessidades diárias de nossos clientes e apoiar o trabalho essencial que eles realizam”.
Já Jefferson Ferrarez, vice-presidente de Vendas, Marketing, Peças e Serviços da Mercedes-Benz do Brasil, destaca que o veículo retorna muito mais moderno e prático, depois de 20 anos de seu lançamento original”.
O novo Axor retorna com o motor OM 460 LA, que desenvolve torque máximo de 2.200 Nm (449 cv) e 1.900 Nm (381 cv) e oferece CMT de 62 t nas configurações 4×2 e 6×2, além da versão com redução nos cubos que chega a 68t.
Além do motor de 13 litros, o novo Axor nasce equipado com o avançado câmbio automatizado PowerShift 3 Advanced de 12 velocidades, que permite maior rapidez nas trocas de marcha e economia de combustível superior. Pelos resultados de pista e dinamômetros realizados pela empresa o novo Axor apresenta um aumento de 3% na eficiência energética.
O veículo é oferecido em 2 versões de cabina, Leito Teto Baixo e Teto Alto, com destaque para o espaço interno, como piso baixo com túnel de apenas 20 cm e o banco pneumático ergonômico com até 11 regulagens possíveis. Conforto incrementado ainda com outros itens, como o volante multifuncional, alavanca combinada de câmbio e freio-motor na coluna de direção.
No quesito segurança o novo Axor traz ainda itens de série como o freio eletrônico EBS, ESC (Controle Eletrônico de Estabilidade), chave inteligente e farol opcional em LED.
Categoria importante
O relançamento do Axor cobre uma lacuna, a faixa de caminhões entre o mais pesado Atego e o Actros de entrada. Um espaço ocupado por autônomos, agregados e pequenas empresas de transporte.
Não é pouca coisa. Em tempos de dificuldades como a que vivemos é a faixa mais procurada para sustentar uma boa porcentagem da frota. Tanto assim, que a Mercedes-Benz aposta na venda de mil unidades este ano e a 3.000 Axor no ano que vem.
O que garantirá à empresa um market share de 30% da categoria. Hoje disputada pelos Scania G, os Volvo VM etc etc. O modelo 6×2 preenche vaga num nicho que representa 50% deste mercado.






