Apesar de tudo, vendas devem se manter

Apesar de tudo, vendas devem se manter

O ano de 2022 foi, no final das contas, um período melhor que a encomenda. Os adversários são fortes e atacam em todas as frentes. A Guerra continua, os semicondutores sumiram, a pandemia ainda castiga, o crédito rareou, a Copa do Mundo a atrapalhar, o frete internacional explodiu em carestia e falta de navios e contêineres e para coroar o quadro houve uma eleição cheia de incertezas.

Para o segmento de transportes os impeditivos foram da mesma intensidade. O preço do diesel foi para o espaço, o dólar subiu, a mudança de legislação assustou pelo reajuste de preços e muito mais.

Na produção, saíram das linhas de montagem 15,1 mil unidades de caminhões, 5,2 % mais que os 14,4 mil de novembro de 2021. O acumulado dos 11 meses deste ano foram 0,7% acima que o número de 2021. Foram 147,4 mil contra 146,4 mil.

O segmento de maior evolução no ano foi o de ônibus. No mês foram 3 mil chassis produzidos, 5% abaixo dos 3,1 mil de outubro, mas 87,6% a mais que os 1,6 mil de novembro de 2021. No acumulado o grande salto. De janeiro a novembro deste ano foram produzidos 29,9 mil chassis, nada menos que 71,4% a mais que no mesmo período do ano passado.

Quanto às vendas, no mês a mês os caminhões registraram baixa ligeiramente abaixo do mês e do período anterior. Os 10,2 mil veículos de novembro ficaram 5,4% abaixo de outubro e 2,5% abaixo de novembro de 2021.

Segmento de ônibus em recuperação

O mercado de chassis comercializou 1,8 mil unidades 24,2% acima de outubro deste ano e 67,9% acima de novembro de 2021. Já no acumulado, o acumulado janeiro a novembro somou 114,2 mil caminhões, 2,2% menos que os 116,8 mil vendidos no ano passado.

Situação contrária no segmento de ônibus. No período a comercialização de chassis evoluiu 16,9% em relação ao janeiro a novembro de 2021, registrando 15,1 mil unidades este ano, contra as 12,9 mil vendidas no acumulado do ano passado.   

Esperança é dezembro no segmento de caminhões, pois existem muitas unidades incompletas nos pátios pela falta de peças. Os chassis de caminhões têm deixado as linhas dessa forma e são retrabalhados uma, duas ou até três vezes para deixar a fábrica.

É complicado, mas pode ser que em dezembro os números possam mudar. O desafio é acabar esse grande número de veículos inacabados e esvaziar os pátios. O que a Anfavea espera é que as perdas de 2021, de cerca de 450 mil unidades, caiam para 250 mil veículos ao final deste ano.       

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